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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Educação Santa Vitória - Seminário em São Lourenço do Sul

   O projeto "Quadrinhos nos Anos Iniciais", parceria entre o projeto Gibiblioteca do professor Cássius H. Rodrigues e Secretaria Municipal de Educação foi apresentado no município de São Lourenço do Sul, durante o III Seminário Qualidade e Compromisso com a Educação - "Vivências e Experiências Pedagógicas", no dia 20/07.


    

Prof. Cássius apresentando o projeto.

Painel do Projeto de Santa Vitória do Palmar






As profesoras Josiele da R. Peters e Renata I. Corrêa com seu Gibimóvel




A professora Camile Corvello, da SMECD São Lourenço do Sul (conterrânea de Santa Vitória) e os professores que trabalham com quadrinhos em municípios diferentes.

O palestrante Marcos Donadulce interage com a professora Maria Lucília





Prof. Cássius e Fernanda Bork, Secretária de Educação de São Lourenço do Sul.

Palestrante - Prof. Dr. Fábio Mendes

As administradoras Taís e Fabiane, ajudando a coordenar o evento.


  O evento apresentou ótimos trabalhos de professores de várias áreas, teve palestras e apresentações diversas e interessantes, e contava também com a Feira do Livro Docente, voltada para a formação de educadores.

  Parabéns aos organizadores! A SMED Santa Vitória do Palmar agradece o convite.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

V Festival de Dança na Escola - 2015

A Escola Municipal Osmarino de Oliveira Terra promove no sábado, dia 11 de julho, no Ginásio de Esportes Cardeal, o V Festival de Dança na Escola - 2015. O evento é coordenado pela profª Mônia Massioti



Manhã: credenciamento dos alunos e oficinas de dança para os mesmos:

      9h às 10h oficina de Jazz com a profª Letícia Massioti, da Academia Corpo e Dança, de Pelotas.

       10h às 11h oficina de Ritmos Cubanos, com a profª Nelly Peña, de Chuy - Uruguai - Escola de Arte la Cubana.


Tarde: Programação de mais de 50 apresentações!



PRESTIGIE!!!!

Feiras de Ciências e Matemática

   Estão acontecendo nas escolas municipais  as etapas internas da Feira Municipal de Ciências e Matemática: Eis abaixo alguns convites de escolas, com data e horário. O evento é aberto à comunidade!



 

terça-feira, 7 de julho de 2015

Projeto Gibiblioteca & Séries Iniciais

Desde abril as escolas municipais têm sido visitadas pelo professor Cássius H. Rodrigues, autor do projeto Gibiblioteca, apresentando aos alunos das séries iniciais conceitos e a origem das histórias em quadrinhos, além de emprestar parte de seu acervo para leitura em sala de aula, proporcionando o contato das crianças com este tipo de mídia, incentivando a leitura. Em julho as visitas terminaram, cabendo a continuidade dos trabalhos às professoras e professores das turmas.

Escola Bernardo Arriada (Curral Alto) dia 06/04


Visita à escola Oriete Garcia (Bairro Aviação) no dia 13/04 (sem fotos)


Escola Maria Ramis (Bairro Donatos) dia 15/04

Escola Maria Ramis dia 15/04

Escola Osmarino Terra (Bairro Brasiliano) dia 29/04

Escola Osmarino Terra  dia 29/04

Escola Osvaldo Anselmi (Bairro Jacinto) dias 04/05 e 06/05

Escola Fernando Ferrari (BR 471) dia 07/05


A BELA CAIXA DE GIBIS DA ESCOLA FERNANDO FERRARI


Escola Getúlio Vargas (Bairro Porto) dia 11/05

Escola Castelo Branco (Bairro Donatos) dias 18/05 e 20/05

Painel da turma do 3º ano na Escola Castelo Branco

Escola Aresmi Tavares (Bairro Pinhos) dia 1º/06

Escola Aresmi Tavares  dia 1º/06

Escola Oscar Machado (localidade Espinilho) dia 15/06

Escola Oscar Machado dia 15/06

Escola Oscar Machado  dia 15/06

Escola José Bernardino de S. Castro (Barra do Chuí) dia 16/06
Escola José Bernardino de S. Castro  dia 16/06
Escola Brasilino Patella (Granja do Salso) dia 29/06

Escola Brasilino Patella dia 29/06

Escola Rui Barbosa (Granja Bela Vista) dia 29/06
Escola Álvaro de Carvalho (Hermenegildo) dia 06/07


Escola Álvaro de Carvalho dia 06/07

Mais informações e fotos no blog do projeto Gibiblioteca, cujo link é: http://gibiblioteca.blogspot.com.br/

PROJETO "QUADRINHOS NOS ANOS INICIAIS"

    Abaixo, a estrutura do Projeto implementado no primeiro semestre de 2015 nas escolas municipais de Santa Vitória do Palmar-RS, através da parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e o Projeto Gibiblioteca, do professor Cássius Rodrigues. O referencial teórico foi, em parte, aproveitado do TCC do curso de Especialização em Mídias na Educação, promovido pela FURG. O trabalho,  intitulado "Os Quadrinhos Enriquecendo Diálogos em Sala de Aula", foi apresentado em 2014 pelo professor Cássius.
Montagem do projeto: Vera Lúcia Terra Pereira e Sabrina Rocha Farias (Pedagogas).

PROJETO
QUADRINHOS NOS ANOS INICIAIS
1 – Tema:
   Semeando o prazer de ler com histórias em quadrinhos.
2 – Apresentação:
   O presente projeto é uma parceria da SMED/Santa Vitória do Palmar com o projeto Gibiblioteca do professor Cássius Rodrigues, que tem a finalidade de incentivar a leitura facilitando a alfabetização de maneira aprazível.
3 – Justificativa:
   É de conhecimento de todos que a leitura, como processo de desenvolvimento da mentalidade de cidadãos críticos, que saibam interpretar o mundo ao seu redor, tem importância inquestionável.
   As histórias em quadrinhos, devido a sua diversidade de linguagem e riqueza artística, possibilitam momentos prazerosos com diferentes tipos de leitura. Este gênero textual em geral une palavras e imagens, elas contemplam tanto alunos que já leem fluentemente quanto os que estão iniciando, pois conseguem deduzir o significado da história observando os desenhos. Segundo Carvalho (2009, s/p),
Entre os motivos para utilizar os quadrinhos na escola, estão a atração dos estudantes por esse tipo de leitura, a conjunção de palavras e imagens, que representa uma forma mais eficiente de ensino, o alto nível de informação deles, o enriquecimento da comunicação pelas histórias em quadrinhos, o auxílio no desenvolvimento do hábito de leitura e a ampliação do vocabulário.
   A curiosidade em saber o que está escrito dentro dos balões cria gosto pela leitura e, assim, os gibis podem ter grande eficácia nas aulas de alfabetização. Além de ser um material de fácil manipulação, o gibi usa letra “BASTÃO” que as crianças reconhecem melhor, e traz uma linguagem mais acessível e cotidiana.
  Dessa forma, cabe à escola utilizar as histórias em quadrinhos de forma lúdica para estabelecer uma relação harmoniosa com o hábito da leitura. Segundo Martín Barbero (1996, p.12) cabe ao professor “configurar o espaço educacional como um lugar onde o processo de aprendizagem conserve seu encanto”. Assim, o professor deve ser o maior motivador desse “encantamento” que a leitura proporciona, para assim formar leitores que saibam discernir, criticar e buscar caminhos para concretizar seus sonhos.
4 – Objetivo Geral:
   Incentivar a leitura (e a cultura) proporcionando uma diferente maneira de atingir leitores de diferentes níveis de alfabetização, estimulando o hábito da leitura.
5 – Objetivos específicos:
  • Incentivar a prática da leitura para desenvolvimento de competência linguística;
  • Despertar o interesse pela leitura e pela escrita e sistematizar a alfabetização;
  • Reconhecer as especificidades desses textos: onomatopeias, os tipos de balões, o humor, as características dos personagens, etc.
  • Ler e interpretar as histórias em quadrinhos;
  • Incentivar a criação de histórias em quadrinhos expressando a sua visão de mundo particular.
6 – Procedimentos previstos:
1º, 2º e 3º ano
  • Histórico das histórias em quadrinhos – Cássius Rodrigues;
  • Arrecadar histórias em quadrinhos com os alunos;
  • Manusear vários gibis observando as capas, tipos de histórias;
  • Leitura e interpretação;
  • Criação de histórias em quadrinhos usando desenhos com palavras pequenas;
  • Visita a biblioteca pública (trabalho com histórias em quadrinhos);
  • Deixar que os alunos levem as histórias em quadrinhos para casa para compartilharem a leitura com a sua família nos finais de semana.
4º e 5º ano
  • Histórico das histórias em quadrinhos – Cássius Rodrigues;
  • Arrecadar histórias em quadrinhos com os alunos;
  • Manusear vários gibis observando as diferentes histórias;
  • Ler e interpretar;
  • Selecionar semanalmente tirinhas adequadas a faixa etária em jornais, em gibis ou livros didáticos como Mafalda, Garfield, etc.;
  • Confecção de álbuns de tirinhas;
  • Deixar que os alunos levem as histórias em quadrinhos para casa para compartilharem a leitura com a sua família nos finais de semana.
  • Criar histórias em quadrinhos e observar as etapas para criação de uma história, identificando:
  • a) Personagens: eles têm vontades, dramas, conflitos, ironias. É por meio de suas falas e ações que as histórias são contadas.
  • b) Balões: criados especificamente para as histórias em quadrinhos, os balões podem ser de vários tipos, os principais são: de fala, de pensamento, de ira, de berro, de sussurro. Neles são escritos os pensamentos e as falas dos personagens, em geral os de fala possuem um "rabinho" em direção ao personagem falante.
  • c) Cenários: há dois tipos de cenários, os internos (dentro de residências ou prédios) e os externos (na rua, na natureza, no meio ambiente).
  • d) Onomatopeias: são palavras ou junções de palavras que imitam a voz de animais ou ruídos de objetos. Ex: BUUM!!! (explosão), CRI_CRI!! (grilo), TOC-TOC! (batendo à porta), TIC-TAC! (bater do relógio). São elementos exclusivos da linguagem das histórias em quadrinhos e permitem a livre criação.
  • e) Recordatórios: é o tipo de balão usado para a narração. Não possuem "rabinho" em direção a personagens. Ex.: "Enquanto isso..." e "No dia seguinte..."
  • f) Quadros: eles delimitam o enquadramento das cenas de uma história em quadrinho. Podem ser variáveis em tamanho e formato, de acordo com a necessidade da cena a ser desenhada.
7 - Avaliação:
   A avaliação será contínua no desenvolvimento das atividades propostas e será satisfatório se os educandos demonstrarem interesse em continuar com as leituras de quadrinhos durante o ano.
8 – Sites para acesso:
9 – Referências
   MARTÍN-BARBERO, Jesús. Heredando el Futuro. Pensar la Educación desde la Comunicación. Nómadas. Bogotá, 1996.
CARVALHO, Juliana. Trabalhando com quadrinhos em sala de aula. 2009.
Oito motivos para incentivar a leitura de histórias em quadrinhos:
1. Contribuem na pré-alfabetização:
 
A sequência de imagens dos quadrinhos permite que a criança compreenda o sentido da história antes mesmo de aprender a ler. Ao fazer isso, ela organiza o pensamento, exercita a capacidade de observação e interpretação e desenvolve a criatividade. Na fase de pré-alfabetização, o contato com os gibis também ajuda a criança a se familiarizar com as letras.
2. Ajudam no processo de alfabetização:
A ordem lógica dos quadrinhos serve de apoio para que a criança decifre o que está escrito e supere a dificuldade de fluência, típica de quem acabou de se alfabetizar. Outro fator positivo é que a letra maiúscula usada nos balões facilita a leitura. Para quem está aprendendo a ler, letras minúsculas podem ser mais difíceis de decodificar, principalmente aquelas que têm traçados semelhantes, como q, p, d e b.

3. Despertam facilmente o interesse das crianças:
 
A leitura de gibis é uma atividade lúdica para as crianças, que naturalmente se identificam com a linguagem dos quadrinhos e, muitas vezes, estabelecem uma relação afetiva com seus personagens.

4. Estimulam o hábito da leitura:
 
Um bom modo de estimular um hábito é enfatizando o seu lado prazeroso. No caso dos quadrinhos, os textos rápidos associados com imagens, os elementos gráficos e a identificação com os personagens são alguns dos elementos que tornam a leitura agradável. Isso pode encorajá-las a ler textos cada vez mais complexos. Alguns pesquisadores defendem que os leitores de quadrinhos também acabam se interessando por outros gêneros de texto.

5. Exercitam diferentes habilidades cognitivas:
 
A leitura de histórias em quadrinhos é um processo bastante complexo. É preciso decodificar textos, imagens, balões, onomatopeias e, muitas vezes, recursos de metalinguagem. Além disso, induz a uma habilidade chamada inferência, que é a capacidade de concluir coisas que não estão escritas. Nas HQs, por exemplo, o leitor deduz a ação que é omitida entre um quadrinho e outro. Tudo isso demanda um trabalho intelectual.

6. Unem cultura e entretenimento:
 
Histórias em quadrinhos podem transmitir um leque bem amplo de informações sobre contextos históricos, sociais ou políticos e ainda assim manter sua característica de entretenimento. Só para citar alguns exemplos bem conhecidos: as aventuras de Asterix trazem divertidas referências sobre história antiga, as histórias de Tintim são ricas em indicações geográficas e as tirinhas da questionadora Mafalda fazem crítica a questões político-sociais da Argentina. Já Joe Sacco, que é quadrinista e jornalista, desenhou histórias sobre a guerra da Bósnia e os conflitos entre Israel e Palestina.

7. São de fácil acesso e baixo custo:
 
Os títulos mais populares podem facilmente ser adquiridos nas bancas de jornal por um preço bem acessível. Os gibis também são encontrados em bibliotecas e gibitecas. Outra opção são as trocas, prática que costuma ser incentivada pelas escolas e prefeituras.

8. São recomendadas pelos PCN, RCNEI e PNBE:
 
Algumas das razões para isso já foram descritas nos itens anteriores, mas vale ressaltar que tanto os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), como o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) e o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) falam sobre a importância da criança interagir com diferentes tipos de texto. Além disso, a relação entre texto e imagem está cada vez presente em diferentes gêneros e é preciso ensinar como ler a imagem também.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Projeto Multidisciplinar de Toponímia

     Sob orientação da supervisora de ensino Rosimeri Rodrigues Canabarro, este ano a Secretaria Municipal de Educação de Santa Vitória do Palmar propõe um projeto para incentivar a pesquisa acerca da denominação de vários elementos de nosso município: ruas, localidades, bairros, distritos, pontos turísticos, etc. Abaixo a estrutura do projeto que define e orienta o trabalho dos professores da rede municipal:


Projeto Multidisciplinar de Toponímia:
Definição, objeto e campo de atuação

Toponímia: É um ramo da onosmática que se ocupa do estudo integral , no espaço e no tempo, dos aspectos geo-históricos, socioeconômicos e antropolinguísticos, que permitiram e permitem que um nome de lugar se origine e subsista.

O Topônimo – objeto de estudo da Toponímia – ao ser criado, tal como ser vivo, está sujeito às consequências do tempo: às influências, às modificações, e, até mesmo, ao desaparecimento do seu significado original, uma vez que escapa da consciência ou da memória do povo. Esses aspectos permitem afirmar que a Toponímia possui uma dupla dimensão: do referente espacial geográfico(função toponímica) e do referente temporal(memória toponímica).

Considerando , portanto, o caráter multidisciplinar do signo toponímico, é possível afirmar que ele constitui um meio para conhecer:
a. a história dos grupos humanos que vivem ou viveram na região;
b. as características físicogeográficas da região;

c. as particularidades socioculturais do povo;

d. extratos linguísticos de origem diversa da que é utilizada contemporaneamente, ou mesmo línguas que desapareceram;
e. as relações estabelecidas entre os humanos e o meio ambiente

Vê-se, assim, que a toponímia estabelece uma estreita relação com o patrimônio cultural de um povo, e sua preservação constitui a perpetuação do histórico (aí envolvidos todos os aspectos físicos geográficos e sócio-histórico-culturais inerentes) e dos valores desse mesmo grupo.



Toponímia e Ensino - De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais é função da escola oferecer ao aluno, a partir de práticas didático-pedagógicas adequadas, subsídios (instrumentalização teóricas e práticas) para o efetivo exercício da cidadania, ou seja, viver e compreender de forma crítica seu tempo. A Toponímia torna-se um excelente veículo para essa compreensão e conhecimento.


Apresentação da proposta de trabalho toponímico aos alunos:

Neste momento inicial, o professor dará informações sobre a ciência toponímica (parte da onomástica que estuda os nomes próprios de lugares) e estabelecerá diferença entre ela e a Antroponímia (parte da onomástica que estuda os nomes próprios de pessoas).

Ainda nesta etapa, é importante definir os objetos de estudo da Toponímia (o nome geográfico e esclarecer que os designativos identificam (nomeiam) acidentes humanos (municípios, bairros, ruas, escolas,praças, localidades rurais, etc) e acidentes físicos (rios, arroios, lagoas, etc).

Por fim, a partir de um debate, o professor fará com que os alunos entendam:
a. a importância da pesquisa toponímica (por exemplo para evitar que os motivadores para dado designativo se percam no tempo, exatamente por não ter um registro, uma pesquisa que os resgate);

b. a contribuição que eles darão, como pesquisadores toponímicos, para a comunidade presente e futura, na preservação do patrimônio toponomástico.


Familiarização com os termos básicos utilizado pelo pesquisador toponímico:

Nesta segunda etapa, o professor deverá apresentar e propor atividades que envolvam o vocabulário técnico básico empregado pelo pesquisador toponímico:

a. toponímia (ou toponomástica): disciplina que se ocupa dos nomes próprios de lugares;

b. topônimo: nome próprio que identifica, nomeia os lugares, ou seja, acidentes geográficos, físicos ou humanos;

c. macrotopônimo: topônimo que identifica um espaço mais extenso, em relação a outros menos extensos. Por exemplo, o topônimo que identifica um município será um macrotopônimo quando comparado com os topônimos que identificam os bairros que dele fazem parte;

d. microtopônimo: identifica um espaço menos extenso, em relação a outro mais extenso do qual faz parte. O topônimo que identifica um bairro será um microtopônimo quando comparado com o topônimo do município do qual faz parte.

e. nomeador: aquele que batizou (atribuiu) dado topônimo a determinado lugar;

f. carta topográfica (e mapa): representação (desenho) em superfície plana, dos espaços geográficos e seus elementos naturais, geralmente identificado por escalas.



Determinação das áreas de atuação de cada (ou grupo) pesquisador e modo de atuação:


Esta etapa é dedicada à escolha dos locais onde os pesquisadores atuarão. A escolha deve ser, de preferência, por locais próximos à escola ou da residência dos pesquisadores. É importante que o professor oriente onde buscar as informações, quais acidentes serão focados. Podem ser praças, ruas, bairros, localidades rurais, instituições... e obrigatoriamente a própria escola. A princípio, as questões a serem pesquisadas são:
a. O nome pelo qual o informante conhece o lugar é o mesmo que está oficialmente registrado?
b. O lugar, em questão, já possuiu outros nomes além do atual?
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Cada inquiridor (ou grupo) deve antes de entrar em campo, adquirir e estudar a localização geográfica dos locais de atuação em mapas. A partir daí, o
grupo deverá:

a. identificar seu lugar de atuação;
b. verificar se os dados constantes nos mapas estão completos e correspondem com o conhecimento que eles têm do local;
c. inventariar os nomes geográficos dos lugares sobre os quais eles farão pesquisa (entrevista);
d. registrar todas as incorreções ou omissões que há nos mapas – se houver;



Modelo básico da ficha do informante:

- nome do pesquisador
- nome do informante, atividade que exerce (e a possível relação da atividade com o lugar pesquisado), lugar onde a pesquisa foi realizada (na casa do informante, instituição, no local de trabalho do informante, etc...), estado , município, bairro, localidade, onde a pesquisa está sendo realizada, idade do informante, tempo de moradia no local, data da pesquisa, registro dos topônimos e informações sobre os mesmos, grau de instrução do informante, observações gerais sobre as informações obtidas.


Tratamento linguístico do material coletado:

a. estrutura morfossintática do topônimo: topônimo com estrutura simples (formado por uma única palavra) - topônimo com estrutura composta (formado por mais de um elemento) - topônimo formado por enunciados linguísticos, ex: Vai Quem Quer (seringal - AM) – topônimo formado por derivação prefixal,ex: Descoberto (município de Minas Gerais) – topônimo formado por derivação sufixal, ex: Acrelândia (município do Acre), entre outras;

b. Elaboração de textos e/ou poesias sobre o fator motivador que influenciou o denominador no ato da nomeação, que pode ser: a saudade da terra natal, questões religiosas, aspectos culturais, homenagens históricas ou políticas, etc.


Socialização das experiências e dos resultados: apresentação de seminários interescolares e apresentação de trabalhos na Semana da Pátria e na X Feira de Incentivo à Leitura – é importante que o conhecimento seja socializado a princípio na sala de aula, de forma que os grupos saibam as dificuldades por que passaram os outros e assim possam pensar e sugerir novas estratégias para outras pesquisas de campo. É uma forma, também, de valorizar os trabalhos e os resultados obtidos. Propõ-se, neste caso, um momento para a apresentação oral dos grupos.
A construção de maquetes, mapas, desenhos, poesias, textos, danças, teatro, cartazes..., além da documentação da pesquisa toponímica, produção (registro) bibliográfico dos trabalhos finais, como meio de documentar as informações que os grupos coletaram, disponibilizando-as, por exemplo, na biblioteca da
escola, para que sirvam de material de consulta para o público geral. Também será possível levar essas informações à Secretária do Planejamento para uma possível atualização dos mapas do município.

Concursos: Além dos concursos de poesia e paródias, este ano teremos um concurso de documentários, construídos pelos alunos, com duração de no mínimo 3 minutos e no máximo 5 minutos, com temática na toponímia.

NOTA: Estamos apresentando a coluna vertebral do projeto dando liberdade para a criação de outras ações construídas no ambiente escolar.


Considerações Finais:

A proposta do projeto é a preservação do patrimônio toponômico e cultural da região e do povo, envolvendo múltlipos saberes para alcançar o objetivo.